Líder da UNITA reitera ter mantido encontros com dirigentes do MPLA para abordar eventual transição pós-eleitoral e critica os adversários por defender ilegalidades e ameaçar com instabilidade para se manter no poder.
Adalberto Costa Júnior comentava, em declarações à Lusa, a conferência de imprensa de segunda-feira (01.08), em que o secretário do MPLA para os assuntos políticos e eleitorais, João "Jú" Martins, em que desmentia a existência de negociações e apelidou o líder da UNITA de "lunático" por pensar em vencer as eleições.
"Agora vem dizer que não abordamos nada disto? Então falamos de quê durante três horas e meia", questionou, referindo-se ao encontro que manteve com dirigentes da UNITA no qual, segundo João Martins, não foi abordado o tema da transição.
Para Costa Júnior, a reação do MPLA deveu-se aos contactos que manteve no sábado no Cazenga, um dos municípios mais populosos e densamente povoados de Luanda, depois da UNITA e outros partidos da oposição angolana serem forçados a cancelar uma marcha a favor da transparência e legalidade do processo eleitoral por recomendação do governo provincial de Luanda.
"Sentiram-se expostos", disse o dirigente do partido do Galo Negro, manifestando-se "feliz pela intervenção de João Martins.
Durante o seu contacto com a população, segundo o seu relato, AdalbertO Costa Júnior defendeu o cumprimento das leis eleitorais, insistiu na existência de dolo devido às irregularidades dos cadernos eleitorais e reafirmou ter havido contactos para negociar a transição com o MPLA.