Às casas, às nossas lavras
às praias, aos nossos campos
havemos de voltar
Às nossas terras
vermelhas do café
brancas do algodão
verdes dos milharais
havemos de voltar
Às nossas minas de diamantes
ouro, cobre, de petróleo
havemos de voltar
Aos nossos rios, nossos lagos
às montanhas, às florestas
havemos de voltar
À frescura da mulemba
às nossas tradições
aos ritmos e às fogueiras
havemos de voltar
À marimba e ao quissangue
ao nosso carnaval
havemos de voltar
À bela pátria angolana
nossa terra, nossa mãe
havemos de voltar
Havemos de voltar
À Angola libertada
Angola independente
Pesada é a bagagem do viajante que vai do não existir ao existir e do existir ao não existir Enquanto me dura essa viagem que outros me doaram como herança ...
São diferentes hoje os olhos com que te abraço a cintura azul Ó mar diferentes também as nossas posturas ontológicas. Hoje sou eu que te tenho ...
Desperto sinto como o tempo vem morar em mim Devagar como quando crescemos e se nos apagam indelevelmente no rosto os traços da mocidade ...
“Eu- corpo- do tempo que me deixa mas fica do tempo que me habita mas se esquece de um outro que se segue, talvez O meu corpo me conta viagens de histórias adormecidas de uma morte...
A pergunta no ar no mar na boca de todos nós: – Luanda onde está? Silêncio nas ruas Silêncio nas bocas Silêncio nos olhos – Xê mana Rosa peixeira – Mano Não pode...
Durante anos, estive presa num cativeiro mental, Desorientada só observando a história universal. Presa na académica concepção de história inversa, Estudando o que menospreza e diminui a...